quinta-feira, 29 de maio de 2014

MUNDO QUASE PERFEITO



A revolução na sociedade seria brutal se de uma ora para a outra os seres humanos se tornassem perfeitos,  são roubassme, não enganassem uns aos outros, não gastassem mais do que podiam, não brigassem com seus semelhantes, não fabricasse armas de matar e nem vivesse uns à custa dos outros.
Na verdade, não corremos o risco de alcançar o paraíso perfeito na terra ou em qualquer outro lugar. A explicação parece simples: a imperfeição humana dá lucro, sustenta muitos negócios rentáveis da sociedade. Fico imaginando como seria o mundo se não houvesse brigas, não houvesse guerras; fechariam as fábricas de armas e munições, com milhões de  desempregados, os advogados não teriam o que fazer e ficariam sem rendas e teriam que procurar outra atividade.

Imagino que se soubéssemos distinguir o necessário do supérfulo o que seria das agencias de publicidade?

Você acha que o advogado sonha com um mundo sem contendas? Para ele as coisas vão bem quando há muita encrenca para resolver.
Você acredita que o médico sonha com um mundo sem doenças? O médico lucra com as doenças das pessoas. Quando mais doentes, mais acidentes, mais epidemias, mais os médicos lucram.
Isso parece meio macabro? Absolutamente não. Tanto o advogado quanto o médico não tem consciência dessa relação estranha. Muitas outras atividades não baseadas na imperfeição do ser humano. Por exemplo, a publicidade, o próprio Estado e suas miríades de leis e regulamentos.
Se não houvesse ladrões, estrupadores, traficantes de droga não precisaríamos de polícia e teríamos alguns milhares de desempregados. Se ninguém fizesse mal a seu semelhante e todos colaborasse uns com os outros, não precisaríamos de tribunais, do sistema judiciário, com seus milhares e milhares de funcionairios. Se não houvesse burocracia os despachantes e contadores não teriam o que fazer.
A conclusão que a gente chega é que o que move o mundo são nossas imperfeições.