Se eu e a sociedade como um todo aceitarmos que o Estado tire dinheiro do povo, através de impostos, com o intuito de ajudar ou socorrer os pobres precisamos acreditar que os Estado é imparcial, justo, vai usar o dinheiro de forma a maximizar os beneficios ao pobres, etc. Mas sabemos todos que não é isso o que acontece. Primeiro que o Estado não um organismo imparcial: ele é composto de gente exatamente iguias a nós com tendência a ser até pior que a média da população. Segundo é que os governantes vão usar esses recursos para tornarem-se popular perante os pobres, para garantir voto de gratidão dos pobres, para consolidar o poder do partido, das figuras mais destacadas do partido ou do grupo do poder.
Além disso boa parte do dinheiro arrecadado vai para os intermédiários, para os políticos que buscam socesso na carreira.
Em resumo, arrecadar imposto para praticar distributivismo é uma tática de poder e não um serviço de filantropia, com o agravante de dar esmola com o bolso alheio e levar todos os loros do gesto. E se o distributivismo é uma tática de poder logo manter o pobre numa “confortável” pobreza é, da mesma forma, uma maneira de praticar e consolidar “poder”.
Portanto, essa prática não acaba com a pobreza, porque não ataca as causas, as circustâncias que criam e perpetuam a pobreza. Ser pobre é muito mais do que não ter dinheiro, não ter renda. Ser pobre é pertencer a uma classe de pessoas com uma série de caracteristicas comuns a todas, tais como falta de estudo, isolamento social. Os pobres são filhos, netos e bisnetos de pobres, analfabetos, sem laços de fámilia com gente de classes acima da sua. São frutos de uma sociedade sem relações horizontais de cultura, religião e política. Nas sociedes com predominância de relações verticais, as familia que não conseguem inserir-se à trama de troca de favores e prática de poder ficam à margem e não encontram meios de ascenção social, porque nesse tipo de sociedade o esforço individual não tem importância nenhuma: o que faz a diferença são as relações de poder, ou seja o estabelecimento de contantos verticais entre grupos, classes ou organizações políticas.