Quando se
debate essa questão do homosexualismo invocando a presença do Estado ou seja,
tematizando o problema em torno de criação de leis, regras de condutas,
penalizações, qualquer cidadão do tipo normal começa a ficar temeroso e é
obrigado a colocar-se na defensiva. Nunca se sabe com clareza qual é o poder
dos grupos homófilos de influenciar os políticos e arrancar deles leis que vão
violar as convicções diferentes dos outros cidadãos. Normalmente o debate em
torno de questões dessa natureza costuma ser, não só acalorado, como também
apaixonado, fervente e, o que é pior, com atitudes agressivas do tipo “quem não
concorda conosco” merece sentir a mão pesada e arbitrária do Estado. Com isso
quero dizer que os homosexuais e seus simpatizantes vêem-se vítimas da
sociedade, incompreendidos e discriminados e, portanto, merecedores da proteção
autoritária e poderosa do Estado. Não defendem aquele principio do “viver e
deixar viver”. Exigem aceitação incondicional, talvez até obrigando-nos a nos
transformarmos em apologistas de seu modo de vida.
Eu me sinto
diante do seguinte dilema: ou sou homófilos ou sou homofóbico, ou seja, quem
não é simpatizante é inimigo. Quando digo que não tenho simpatia nenhuma pela
homossexualidade sou rotulado de homofóbico e com a obrigação de ir diretamente
para o inferno das prisões do Estado. Aí em me pergunto: o que é homofobia?
Medo dos homossexuais ou ódio por eles ou, ainda, asco por eles? Eu não tenho medo deles enquanto não tiverem
a cobertura do estado e o poder de me condenar e me prender.
Também não
tenho ódio por eles e tento praticar aquele principio citado acima de que quero
viver do meu jeito e respeito o jeito diferente de viver do outro. Mas tenho a
incomoda impressão que isso não é suficiente. Querem me convencer de que o
homossexualismo é natural no sentido de que é tão normal quanto o
heterossexualismo o que não tem
cabimento. Isso não quer dizer que devo condenar essa atitude. Afirmo que não é
um comportamento natural, mas entendo que o mundo está cheio de comportamentos
humanos que não tem nada a ver com as leis da natureza. Nem por isso vou
defender uma vida primitiva e básica apenas para negar os artificialismos da
sociedade moderna. Não sei como explicar esse crescente fenômeno de amores
sexuais entre pessoas do mesmo sexo e imagino que consigo viver numa sociedade
em que uma parte dela prefere relações homossexuais à heterossexuais, desde que
não me obrigue a considerá-los “normais” ou a fazer apologia de seu estilo de
vida. Outra coisa é que vemos certa tendência, entre eles, de ostentar, de
exibir-se em público, de praticar a política de proselitismo. Até certo ponto
posso suportar isso, desde que não seja para medir forças comigo ou para
provocação. Poderia recriminar comportamento ostensivo em publico a eles assim
como condeno namoros “exagerados” entre casais heterossexuais na frente de crianças.
As crianças estão recebendo, desde a mais tenra idade, mensagens de forte apelo
sexual a todo momento e as concequências dessa precocidade ainda não foi avaliada.
Da mesma forma, desaprovo manifestações homossexuais exibicionistas em público.
A luta pela
legalização do casamento gay, como a mídia noticia, é um assunto que não me
comove nem me leva a ser contra ou a favor. Tudo o que precisa das bênçãos do
Estado me trás desconfiança. Se alguém acredita que, sem as bênçãos do Deus
Estado, a união homosexual não tem valor nem significado, é problema dele. Da
minha parte considero que o casamento como uma instituição abençoada pelo
Estado não passa de enorme farsa. Vejo que o estado substituiu a Igreja. No
entanto, como sempre, o que determina a qualidade de um relacionamento humano é
o comportamento de cada um perante o outro e no seu dia a dia, com ou sem a presença do
estado. Quando alguém precisa do estado para dizer o que deve ou não fazer,
considero essa alguém um dependente, um adulto infantilizado como os milhares
que vemos por ai.