O estado nos faz piores do que normalmente somos.
Ele é incapaz de nos educar no sentido ético e moral da palavra “educar”.
Explico: O estado só pode agir em nós por coerção, através de seus agentes de
vigilância, imposição e castigo. O estado tenta nos doutrinar por meio de
comandos, ordens e proibições e isso só pode ser efetivado mediante a criação
de uma imensa força tarefa de agentes de toda espécie, coma função de nos
vigiar diuturnamente. Aos poucos a
presença do estado em nossas vidas vai crescendo de tal maneira que
acabamos, não mais desenvolvendo relações diretas com nossos semelhantes, mas,
sim, todas elas intermediada pelo estado. O
convívio social torna-se, não uma maneira de aprender, através de
atritos, competição, interesses conflitantes mas também cooperação, formas
espontâneas e benéfica para todos, mas um meio de tirar vantagens uns dos
outros, apelando constantemente pela intervenção do estado em nosso favor. É
nesse sentido que podemos considerar que o estado nos torna piores do que
normalmente somos. Ele destrói as relações espontâneas das pessoas em seus dia
a dia, daqueles contatos que fazem partes do aprendizado do convívio, e onde
nascem costumes, tradições, normas
morais e éticas, colocando em seu lugar relações forçadas através de ordens,
leis, proibições e mediadas por um batalhão de agentes com enorme poder de nos
coagir e castigar. Esses agentes estatais tornam-se uma classe especial, uma
espécie de braço pesado do governo sobre nossas cabeças. Nessas circunstâncias,
não discuto com meu vizinho uma forma adequada e prática de descartamos nosso
lixo. Tenho uma opção mais impositiva para
resolver a questão: denuncio ele para as “autoridades” por deixar seu
lixo na calçada fora da hora.
Toda vez que se tentar melhorar a sociedade por decreto,
o resultado será, muitas vezes, pior do que nas condições anteriores.
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