quinta-feira, 25 de agosto de 2016

UMA CHAMA QUE NÃO SE APAGA

Para preservarem suas vidas, muitos pensadores e filósofos evitaram tratar de política, pelo menos, diretamente. Sócrates foi um dos primeiros a fazer isso. Mas para ele chegou um momento em que os políticos o pegaram.  Diante do poder só lhe restaram
duas alternativas: ou renegava seu passado ou confirmava, enfrentando a morte. Escolheu assumir suas convicções. Ao ser condenado, sua execução tornou-se a coroação do seu trabalho. Enquanto pôde evitar a política e suportar os desmandos e a ignorância dos líderes de sua Atenas, sobreviveu. Sabia que não tinha força suficiente para se preservar diante de um confronto direto, por isso, evitava topar de frente com os poderosos. Mas, quando o choque se mostrou inevitável, teve a coragem de não recuar e não se acovardou,  enfrentando seus algozes sem medo e com  firmeza. Morrer para ele já não seria mais apagar uma chama ainda sem brilho, mas, sim, a projeção de um fogo tão vasto e inalcançável que sua luz, em vez de se apagar, espalhar-se-ia pelo tempo. Por isso, ela ainda brilha em nossas vidas, mais de dois mil anos depois.

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

O ESTADO NOS FAZ PIORES DO QUE SOMOS - PARTE lll

O estado como um organismo apartado da sociedade não possui outro poder que não o que tirou do povo sobre os quais se sobrepõe. Quando mais “poder” os políticos possuem menos poder tem a sociedade. Vai daí que um regime em que o estado determina como cada cidadão pode viver e ganhar a vida, não há dinamismo econômico, pois, o individuo que se esforça mais no trabalho ou na criatividade, estará apenas aumentando a parcela de sua renda que deverá  transferir ao estado voraz. Por isso é que só numa sociedade regida pelo livre mercado existe incentivo à produção de riqueza.  Nos sistemas políticos que protegem a propriedade de cada um e em que as pessoas podem se enriquecer, se quiserem, pois são livres para prestar serviços uns aos outros e produzir coisas úteis ou criando equipamentos, ferramentas e bens que beneficiam a sociedade, nesses a prosperidade aparece. Desta maneira, em quase cada esquina de uma cidade a gente encontra um mercadinho que vende tudo o que qualquer pessoa precisa, principalmente ovos a vontade. Um liquidificador é encontrado até em pequenos comércios de bairro, sem fila de espera, sem burocracia, sem ordens do governo.
Qualquer um de nós pode ver que toda a abundância que vemos nas mercearias, nas padarias, nos mercadinhos, nas grandes redes, nas lojas de roupas, enfim toda sorte de utilidades, não é obra do estado, não foi criada por decreto estatal e, no entanto, está ai.  Por exemplo, não existe um decreto lei que obrigo o padeiro a fazer pãezinhos quentes todos os dias para os 20 milhões de brasileiros que vivem só na grande São Paulo, não entanto nunca há falta de pão todo dia,  A partir da 6 horas da manhã para todos e quaisquer pessoas que forem a padaria haverá pães a vontade. Como isso é possível? Esse é um fenômeno criado pelo livre mercado, pela liberdade econômica, ou seja, pela liberdade que todo cidadão tem de ter o seu negocio, de empreender uma atividade que responde ao desejo ou à necessidade do povo. A palavra chave no sucesso e na abundancia criada pelo livre mercado é “liberdade”.

Uma crença ingênua e até perigosa é a de que o estado consegue gerar riqueza, que um país pobre, por exemplo, precisa de um estado empreendedor para levar sua nação ao rol das nações ricas. É um equivoco grande, pois interpretam erradamente os meios que os povos do primeiro mundo usaram para alcançar o estatus de países ricos. A riqueza é o resultado dos milhões de empreendimentos particulares, desenvolvidos pelas pessoas sob um regime de liberdade, com o estado apenas garantindo o cumprimento das regras de funcionamento desse livre mercado, atuando como redutor de atritos, como lubrificante dessa engrenagem complexa de criação, muito trabalho, ousadia empresarial, diversidade e busca de satisfação dos consumidores.