Quando o ser
humano dominou a fala houve uma grande revolução. Milhares de anos depois,
dominou a escrita ou seja criou uma forma simbólica de representar a fala e
ocasionou outra grande revolução na forma de transmitir conhecimento de uma
geração a outra. Quando inventou a impressão de livros veio outra grande
revolução e a difusão de conhecimento foi rápida e impressionante. A última
revolução, a da informática, ou seja, a de
armazenar e transmitir conhecimento através de memórias binárias,
expandiu a uma dimensão inimaginável a capacidade humana de armazenar,
transmitir conhecimento adquiridos e criar novos conhecimentos,aliada a criação
de instrumentos acessórios aos nossos sentidos, como o microscópios e tantos
outros equipamentos de pesquisa do mundo natural. Estamos no auge da estupenda
expansão do conhecimento humano em todas as áreas do conhecimento.
Contraditoriamente, a grande maioria dos seres humanos não acompanha nem
assimilam esse imenso fluxo de dados que giram como tornado sobre nossas
cabeças.
O acesso aos
conhecimentos armazenados pelas gerações
passadas e presentes está incrivelmente facilitado, mas, ao mesmo tempo,
perde sua importância, vulgariza, esfacela e segmenta. Muitos sabem sobre
miríades de coisas mas não conhecem
quase nada em profundidade. A grande maioria das pessoas nada na superfície e
nunca desce ao fundo de qualquer segmento da ciência humana. Mesmo nas
universidades, que pretendem ser o farol irradiador de luz ao mundo, a grande
maioria dos formandos saem bons
engenheiros, bons físicos ou mesmo bons médicos, mas sem quase nenhum
conhecimento da natureza de si mesmo ou dos seus semelhantes.
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