sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

O SER HUMANO VIVE NA SUPERFÍCIE DO CONHECIMENTO

Quando o ser humano dominou a fala houve uma grande revolução. Milhares de anos depois, dominou a escrita ou seja criou uma forma simbólica de representar a fala e ocasionou outra grande revolução na forma de transmitir conhecimento de uma geração a outra. Quando inventou a impressão de livros veio outra grande revolução e a difusão de conhecimento foi rápida e impressionante. A última revolução, a da informática, ou seja, a de  armazenar e transmitir conhecimento através de memórias binárias, expandiu a uma dimensão inimaginável a capacidade humana de armazenar, transmitir conhecimento adquiridos e criar novos conhecimentos,aliada a criação de instrumentos acessórios aos nossos sentidos, como o microscópios e tantos outros equipamentos de pesquisa do mundo natural. Estamos no auge da estupenda expansão do conhecimento humano em todas as áreas do conhecimento. Contraditoriamente, a grande maioria dos seres humanos não acompanha nem assimilam esse imenso fluxo de dados que giram como tornado sobre nossas cabeças.
O acesso aos conhecimentos armazenados pelas gerações  passadas e presentes está incrivelmente facilitado, mas, ao mesmo tempo, perde sua importância, vulgariza, esfacela e segmenta. Muitos sabem sobre miríades de  coisas mas não conhecem quase nada em profundidade. A grande maioria das pessoas nada na superfície e nunca desce ao fundo de qualquer segmento da ciência humana. Mesmo nas universidades, que pretendem ser o farol irradiador de luz ao mundo, a grande maioria  dos formandos saem bons engenheiros, bons físicos ou mesmo bons médicos, mas sem quase nenhum conhecimento da natureza de si mesmo ou dos seus semelhantes.

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